pleno, em que se desenvolve a adaptação do currículo mínimo as peculiaridades de
cada escola, levando em consideração seu contexto institucional, social, as
peculiaridades regionais e o perfil de profissional almejado. Já as estruturas
curriculares referem-se mais especificamente as grades curriculares, que se
constituem o meio pelo qual o currículo pleno se operacionaliza em cada escola.
No contexto da Biblioteconomia os estudos curriculares apresentam algumas
particularidades no que se refere ao histórico e a formulação curricular.
Como bem aponta Castro (2002) o ensino da biblioteconomia no Brasil teve
início em 1915, na Biblioteca Nacional, sem qualquer planejamento curricular. As
disciplinas eram oferecidas de maneira estanque e desarticuladas, voltadas para
uma educação institucional. O primeiro currículo mínimo obrigatório foi estabelecido
pelo Conselho Federal de Educação em 1962, que apesar de constituir-se em um
marco significativo para a Biblioteconomia, não chegou a satisfazer os professores e
a classe bibliotecária, uma vez que não correspondia às expectativas dos
profissionais e as exigências dos avanços tecnológicos, sociais e educacionais da
época.
Pode-se dizer que os estudos curriculares em Biblioteconomia tiveram um
impulso com a criação da Associação Brasileira de Ensino de Biblioteconomia e
Documentação (ABEBD) em 1967. A ABEBD procurou incentivar a discussão de
questões curriculares por meio de reuniões de professores em áreas específicas,
sobretudo na década de 70, com a expansão dos cursos de Biblioteconomia.
O ano de 1996 representou um marco, em virtude de dois acontecimentos: a
promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que trouxe
uma concepção curricular mais flexível, voltada para as diferentes realidades do país
e mais centrada nas competências e habilidades esperadas do egresso; e a
inserção da ABEBD no âmbito dos programas educacionais para países do
Mercosul, com a conseqüente proposta de harmonização curricular dos cursos de
biblioteconomia do Mercosul.
Em 2001, a ABEBD foi extinta e surgiu a Associação Brasileira de Educação
em Ciência da Informação (ABECIN) que desde então tem trabalhado na
flexibilização curricular, tendo em vista as novas diretrizes curriculares nacionais do
Ministério da Educação (MEC), na qual passou a vigorar as áreas curriculares assim