compor o seu conteúdo que vão desde a produção científica do docente até relatórios de
aula, e toda documentação produzida pela instituição mantenedora. Crenças, opiniões e
em alguns casos falta de um conhecimento aprofundado sobre a temática levam a
suposições que nas situações pontuadas confirmam serem equivocadas.
Entretanto, a informação científica resultante das pesquisas e normalmente
apresentada no formato de artigos científicos, depositada nos repositórios digitais, passa
por uma avaliação prévia e caracteriza artigos que já foram publicados em periódicos
científicos de acesso livre que possuem a avaliação pelos pares e têm um fator de
impacto recomendado. Esta constatação reflete a superficialidade do conhecimento dos
respondentes sobre os repositórios digitais, pois, apesar de afirmarem que possuem
familiaridade, os considerarem importantes para o processo de comunicação científica e
indicarem que os utilizam sempre que necessário, demonstraram certo desconhecimento
sobre a sua natureza, conteúdo e mecanismos de funcionamento.
No âmbito das instituições de ensino onde atuam os docentes, sujeito de nossa
pesquisa, perguntamos sobre a existência de uma política para o acesso livre à produção
científica, 23 (48,9%) responderam que “SIM”, enquanto 18 (38,3%) responderam que
“NÃO” e 6 (12,8%) não sabiam sobre a existência de uma política dessa natureza. Estes
docentes, além de acessarem a informação, também a estão publicando, utilizando em
sua maioria os periódicos científicos eletrônicos. Acredita-se que por considerá-los mais
confiáveis e reconhecidos, como já pontuamos anteriormente. Esta opção recai sob uma
das estratégias para o acesso livre, representada pela via dourada, que se refere às
publicações de artigos e periódicos de acesso livre. A outra opção é a estratégia da via
verde, voltada para o autoarquivamento pelos autores da produção científica e
representada pelos repositórios digitais, ainda tímida, mas com manifestações de
crescimento entre os docentes da Ciência da Informação, como pudemos constatar com
suas respostas. Contudo, estas estratégias como comprovamos em Harnad e outros
(2004) ainda são consideradas muito lentas e incertas, pois também representam um
potencial problema para os autores e instituições que não podem arcar com os custos
advindos das atividades necessárias a estas publicações.