disponibilização e acessibilidade em meio digital. Alguns e-books estão disponíveis à
nossa comunidade universitária, contudo ainda aquém da demanda dos estudantes,
porém essa é uma discussão que envolve a estrutura e o comportamento do mercado
editorial e a polêmica questão do acessar versus possuir.
Soma-se a esta questão, certa reserva na consulta online de livros, visto que são
textos mais extensos e a leitura na tela do computador caracteriza-se por ser mais rápida,
dinâmica e não linear; para alguns o livro impresso ainda traz leitura mais agradável,
menos cansativa aos olhos; para outros o computador ainda não está tão facilmente à
mão; enquanto existem outros tipos de suporte, como os artigos de periódicos por
exemplo que já são mais procurados e aceitos pelo público na forma eletrônica.
Não podemos cair na ilusão de que tudo que é digital será melhor e mais valioso,
desprezando as publicações impressas; tampouco pararmos no passado valorizando
apenas o tradicional impresso e repudiando a modernidade tecnológica na
disponibilização da informação. Para todos os tipos de publicações encontraremos o seu
público, sua usabilidade e o seu valor. Afinal o que importa é o conteúdo, a informação,
que transmitida através desses suportes, é potencial geradora de conhecimento.
Recordemos as Leis de Ranganathan descritas abaixo por Lancaster (1996, p. 11-
14):
1- Os livros são para usar (o dinheiro gasto com um livro pouco ou nunca usado,
significa menos dinheiro para compra de outro de forte demanda);
2- A cada leitor seu livro (entenda-se: a cada leitor sua necessidade, e
possibilidade de êxito na utilização deste título);
3- A cada livro seu leitor (verificar se a necessidade do usuário foi satisfeita,
divulgar as novidades);
4- Poupe o tempo do leitor (satisfazer as necessidades do público com a maior
eficiência possível);
5- A biblioteca é um organismo em crescimento (a biblioteca precisa estar sempre