guiá-la. Depois, recoloca o exemplar na estante, guarda a parte extirpada do livro
junto ao corpo e sai da biblioteca, sem levantar desconfianças. Desse modo, inutiliza
parcial ou totalmente o exemplar. Esse modo de ação só é identificado, se o agente
não for flagrado, quando outro usuário requisitar o exemplar e denuncia o fato ou por
ocasião de procedimentos técnicos e administrativos da biblioteca. Se o dano
causado for parcial, as bibliotecas tendem a inserir reproduções das páginas
faltantes, a partir de outros exemplares – o que exigirá a re-encadernação do
exemplar mutilado.
Recorte de amador: o individuo subtrai a parte que lhe interessa do livro, sem
o uso de qualquer aparelho cortante. Esse recorte é feito sem cuidados, deixando
vestígios muito aparentes. Tudo indica que o agente desse dano, não apóia o livro;
mas, entreabre o volume no trecho que pretende subtrair e, rapidamente, arranca
imagens, páginas, cadernos e até todo o miolo. Eventualmente, o suporte não
resiste a essa violência e pode rasgar-se, alcançando o texto, tornando-se inútil até
para o agente do dano. Quando isso ocorre, o agente, recompõe o volume, inserindo
a parte arrancada e recolocando-o no lugar. Daí parte para nova e igual tentativa,
em outro exemplar. Se for bem sucedido, recoloca o exemplar na estante, guarda a
parte extirpada do livro junto ao corpo e sai da biblioteca, sem levantar
desconfianças. Desse modo, inutiliza parcial ou totalmente o exemplar. Esse modo
de ação só é identificado, se o agente não for flagrado, quando outro usuário
requisitar o exemplar e denunciar, ou por ocasião de procedimentos técnicos e
administrativos da biblioteca.
Particularização do exemplar: o individuo após retirar o livro para consulta
domiciliar (raramente, em consulta local), faz anotações manuscritas ao longo do
texto impresso, às margens, com lápis ou caneta; grifam passagens, colorindo
textos, figuras e margens, como se o exemplar consultado fosse de uso particular,
onde pudesse fazer marcações que, em princípio, facilitariam seus próprios estudos.
Esse tipo de vandalismo poderia ser classificado como “inocente”, na medida em
que o usuário não parece ter intenção de destruir o exemplar. Seu comportamento
“é tão cândido e despreocupado que ficamos com a impressão de ele não ter
consciência do que seja a custódia de livros alheios” (Guardini, 1994, p. 38). Esse
modo de ação só é identificado, se o agente não for flagrado, quando o atendente