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2 Revisão de literatura
O primeiro trabalho indexado no Web of Science sobre videoconferência é de
Liao e Roberts (1987). Eles tratam de um novo desenho para as poucas salas de
videoconferência disponíveis à época, nas grandes cidades. O modelo vigente até
então não atendia às necessidades e tinha custo muito elevado.
A partir do incremento da Rede Nacional de Pesquisa (RNP) começam as
instalações no Brasil de várias salas com recursos de videoconferência, inclusive
com um “catálogo” online para registro e consulta dos endereços, recursos
disponíveis e responsáveis (http://www.rnp.br/videoconferencia/salas/index.php).
Segundo Leopoldino e Moreira (2001), “videoconferência é uma forma de
comunicação interativa que permite a duas ou mais pessoas que estejam em locais
diferentes a comunicação com áudio e visualização de imagem em tempo real”. Os
recursos da videoconferência são utilizados na realização de reuniões, cursos,
conferências, debates, palestras, onde os participantes simultaneamente trocam
informações como se fosse pessoalmente.
A videoconferência opera com linhas de comunicação de alta velocidade
(medida em kilobytes por segundo - kbps), transportando sinal digital codificado
através de equipamentos que utilizam protocolos compatíveis entre si. A qualidade
da imagem e do som depende da configuração do equipamento e da
banda/velocidade disponível da rede. Essa transmissão “é mais adequada para
palestras à distância, onde são apresentadas pessoas e/ou slides/gráficos”
(BALLAN, 2009).
Os modelos de videoconferência apontadas por Leopoldo e Moreira (2001),
convertem para uma forma centralizada ou descentralizada de processamento dos
múltiplos fluxos de transmissão. Esses modelos possibilitam a autonomia dos
usuários para mesclagem de áudio e seleção de vídeo, além de definir sobre as
formas de envio da mídia que podem ou não utilizar o endereçamento de entrega do
pacote de dados multimídia (multicast ou unicast).
A comunicação multicast ou multiponto (um para muitos / muitos para
muitos) é ideal para ensino a distância, pois permite a discussão e a transmissão de
aulas e apresentações para um grande número de pessoas. Por outro lado, a
comunicação unicast ou ponto-a-ponto (um para um), para atender o ensino a