Segundo a Diretora-Geral do HGB, Dra. Sandra Azevedo, o evento serviu para
divulgar o trabalho que é realizado na Unidade. “Além disso, mostra que o paciente
pode ter uma vida normal e ser reintegrado na sociedade”, disse a diretora.
O ex-jogador Roberto Dinamite, que há três anos participa do Futebol apoiando a
iniciativa da Unidade, ficou feliz em participar de mais uma campanha de
solidariedade, como definiu. Durante a manhã, Roberto distribuiu autógrafos,
brincou com as crianças e sorteou blusas do Vasco após a premiação da partida de
futebol.
Pacientes relatam as mudanças na vida pós-transplante
O paciente Antonio Maciera de Sousa, 50 anos, estará completando, no próximo dia
22, dois anos pós-cirurgia. Antonio tinha cirrose hepática e um tumor cancerígeno.
Também ficou dois anos e quatro meses na fila e o transplante pôde ser realizado
através de um doador cadáver. “Hoje me sinto bem melhor, uma pessoa 100% e
graças a Deus estou aqui. Na partida jogamos bem, mas os médicos jogaram
melhor que a gente por estarem mais preparados (risos). Participo sempre de todos
os eventos, pois eles são mais um estímulo de vida. É tudo muito gostoso”, disse o
paciente.
Já para Claudenir Nobre Cabreira, 54 anos, que passou pelo transplante há um ano
e 10 meses, sua vida mudou radicalmente. “Fiquei na fila três anos e recebi o órgão
de um doador cadáver. Tive cirrose e dois nódulos de câncer. Passei a viver de
outro jeito depois da cirurgia, com mais vontade e até mesmo com novas
sensações no paladar. Sinto prazer em estar participando da vida”, disse Claudenir.
Premiação finaliza evento com discurso de médicos e convidados
Durante a premiação da partida de futebol, o cirurgião da equipe de transplante de
fígado do HGB, Dr. Alexandre Cerqueira, explicou como é feito o trabalho na
Unidade, apresentou a equipe e agradeceu a todos pela realização do evento. “Os
trabalhos de transplante começaram em 2002 no HGB e o pediátrico tem
aproximadamente quatro anos que é realizado. Estamos no 4º ano de evento
esportivo, o primeiro foi uma caminhada, nos outros três realizamos o futebol e
todos tiveram como objetivo incentivar e estimular a doação”, disse o cirurgião.
Para ele, o ato de doar é possível com o consentimento da família.